São muitas as influências da
culinária africana ao cardápio dos baianos, mas um dos mais conhecidos e
apreciados por nativos e turistas é o acarajé, bolinho feito de feijão frito no
azeite de dendê, sendo introduzindo na comunidade de Tijuaçu por moradores
vindos de Salvador e passados para várias gerações que fazem do acarajé uma
fonte de renda. Ao trabalhar o conteúdo de alimentos na 6º ano do ensino
fundamental, introduzimos um pouco da cultura remanescente dos quilombolas.
Trabalhando com a culinária que foi herdada dos seus descendentes africanos. Ao
trabalhar com as propriedades nutricionais introduzimos o acarajé e seus
recheios relacionando com a pirâmide alimentar, sendo uma realidade local o
acarajé serve como fonte de renda de muitos moradores da comunidade,
contribuindo ainda para o resgate da culinária trazida pelos africanos.
Foram
iniciadas na Escola Municipal de 1º grau de Tijuaçu as atividades
contextualizadas que fazem parte do projeto “Memórias de Tijuaçu”. Na sétima
série o assunto trabalhado é sistema nervoso, baseado nisso foram desenvolvidas
atividades que abordassem a história da comunidade dentro do assunto
abordado. Em um primeiro momento houve o
período de sensibilização, realizamos uma dinâmica: Dividimos
a sala em seis equipes e fizemos um jogo de perguntas e
respostas. As perguntas foram
voltadas para a memória e sensações da comunidade e contextualizadas com o
assunto
sistema nervoso.Levamos para a sala de
aula um encéfalo feito com massa de modelar e os
alunos puderam observar as suas partes e funções, dentro do assunto trabalhamos
a memória da comunidade e as sensações. Discutimos sobre as sensações em ser
quilombola, o que é um quilombo (pois alguns não sabiam), fizemos comparações
entre a comunidade antes e agora, a forma de namoro, como eram as festas, o
trabalho e falamos também sobre movimentos culturais como o samba de lata.
Após
o período de sensibilização iniciamos a ida a campo onde tiramos os alunos do
âmbito escolar e levamos para realizar conversas informais com moradores da
comunidade.Visitamos
várias pessoas, conversamos sobre o distrito, como ele era antes e como foi o
seu surgimento e procuramos saber sobre a existência de objetos antigos em suas
casas, conseguimos encontrar rádios, espelho e pilão.
Os
alunos também levaram maquinas fotográficas e materiais para anotação.
Posteriormente eles entregaram um texto contando sobre a experiência vivenciada
e sobre os relatos dos moradores relacionando o sistema nervoso com a atividade
que realizamos.
Com as fotos
conseguidas ao decorrer da atividade construímos em sala um painel: Retalhos da
memória. Os alunos levaram retalhos de pano que serviram para a construção do
painel e nele anexamos as fotos sobre o projeto.
A professora Carmélia Aparecida Silva Miranda da Universidade Estadual da Bahia- UNEB (Campus IV – Jacobina) e Doutora em História Social pela PUC-SP concedeu, em 01.08.2011, uma entrevista às bolsistas Keiliane, Greice e Luziane do PIBID/UNIVASF “Fazendo Ciência na docência”. A entrevista aconteceu na residência da pesquisadora, que falou sobre os motivos e interesses que a levaram a pesquisar sobre a história de Tijuaçú e seu reconhecimento como comunidade remanescente quilombola, localizada em Senhor do Bonfim/BA.
Ao longo da conversa ela falou sobre seus interesses e como aconteceu o trabalho, apontando os principais elementos da história através do relato oral da Comunidade.
Esta atividade faz parte do trabalho de levantamento da história e cultura que permeia a escola de Tijuaçú que redundará posteriormente nos ateliês contextualizados.
Da esquerda para a direita: Greice, Keiliane, a professora Carmélia e Luziane.
A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas se infectem anualmente, em mais de 100 países, de todos os continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em consequência da dengue.
Como ajuda ao combate a dengue a Escola Municipal de 1º grau de Tijuaçú se mobilizou junto com a secretária de saúde local, onde promoveram uma
Todos os anos o distrito de Tijuaçu, comunidade remanescente de quilombo - localizada a 370 KM de Salvador - participa das apresentações culturais do São João de Senhor do Bonfim. Dentre as apresentações, os turistas e bonfinenses podem desfrutar da belíssima dança do parentesco - quadrilha contextualizada, samba de lata - samba que retrata a dificuldade em buscar água e para que não fosse tão enfadonho as mulheres cantavam versos, batiam nas latas e sambavam embaixo de árvores - e a dança do corta cana- dança que mostra o trabalho dos escravos nos canaviais.